Pernambuco contabiliza pouco mais de 1 milhão de vacinas contra a influenza aplicadas no público apto e segue com baixa procura entre o grupo prioritário – crianças, gestantes e idosos.

O levantamento é da Secretaria Estadual de Saúde do estado (SES-PE), a partir de dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados a pedido da reportagem.

Apesar de o imunizante estar disponível para toda a população a partir dos seis meses de idade (cerca de 3,8 milhões) desde o dia 14 de maio, a SES-PE soma, até o momento, 1.064.931 doses aplicadas.

Considerando apenas o público prioritário composto por crianças, idosos e gestantes, em que 2.196.163 pessoas fazem parte, apenas 28,12% se vacinaram.

Os idosos foram os que, quantitativamente, menos buscaram o imunizante: apenas 411.230 doses foram aplicadas (28,8%) no público alvo de 1.426.907 aptos.

O baixo percentual de imunização entre gestantes e crianças também chama a atenção. Das 87.146 grávidas em Pernambuco, apenas 9.738 doses (11,2%) foram aplicadas. Nas crianças, das 682.110 aptas, apenas 28,8% foram vacinadas – um total de 196.491 doses aplicadas.

A SES-PE também destacou o quantitativo aplicado até o momento nos povos indígenas (17.124 doses) e com comorbidades (14.783 doses) e afirmou que a meta é imunizar 90% de todo o público prioritário.

Também integram a lista preferencial profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade, pessoas com doenças crônicas ou deficiências.

Para tentar mobilizar mais pessoas e alavancar as coberturas vacinais, foi iniciada no último dia 7 de abril a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza em todo o Brasil.

No estado, os municípios foram orientados a criarem estratégias próprias de vacinação através de ações em horários alternativos em postos de saúde volantes, além de visitação em casas e aplicação em locais de grande circulação.

Neste ano, a imunização contra a doença foi instituída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos de idade), tornando permanente a proteção para esses públicos, não apenas durante a campanha anual.

“A vacinação, além de proteger a população, diminui os impactos da gripe na sociedade, reduzindo a circulação do vírus em espaços públicos, aliviando a pressão sobre os serviços de saúde, principalmente nesta época de sazonalidade dos vírus respiratórios, entre os meses de março e agosto”, destacou a SES-PE.

(Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco).